Setor pet deve encerrar 2016 com 5,7% de crescimento em faturamento, menor índice desde 2010

Abinpet calcula também que exportações devem sofrer queda em 2016, ano que já registrava forte tendência negativa para atividades internacionais da indústria pet brasileira.

 

A Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet) informa as projeções mais recentes de mercado, com base nas informações coletadas de janeiro a setembro de 2016. Este ano, o mercado pet nacional deve chegar a R$ 19 bilhões em faturamento, crescimento de 5,7% em relação ao ano passado, quando fechou o ano em R$ 18 bilhões. Apesar do crescimento orgânico desse setor, impulsionado principalmente pela inflação, a indústria pet não atravessou o ano sem sofrer efeitos da recessão. O crescimento esperado de 5,7% é o menor registrado pelo setor nos últimos 6 anos.

Entre as atividades mais afetadas estão as exportações (pet food, pet care, pet vet e animais vivos), que sofreram forte queda a partir de 2015, quando de US$ FOB 497,4 milhões (2014), caíram a US$ FOB 351,4 milhões (queda de 14%). Para este ano,  de janeiro a setembro, as exportações somaram US$ FOB 174,6 milhões, 41% a menos quando comparado com o mesmo período de 2015. As importações de pet food tem quadro mais estável e projeta-se que em 2016 importe pelo menos o mesmo valor que 2015. Somente de janeiro a setembro de 2016 foram importados US$ FOB 5,6 milhões, contra US$ FOB 6,6 milhões no ano de 2015.

“Continuamos a enfrentar uma dura carga tributária que chega a 51% do preço final dos produtos ofertados ao consumidor”, explica o presidente-executivo da Abinpet, José Edson Galvão de França. “Em um momento de crise e na queda da confiança do consumidor final, essa questão torna-se crucial. Pleiteamos uma tributação justa em relação aos produtos para animais de estimação, que são considerados hoje membros das famílias. Ou seja, sua alimentação não pode ser considerada produto supérfluo, mas sim item primordial para saúde do animal e, por consequência, do bem-estar de toda família”.

O Pet food é o principal segmento da indústria nacional em faturamento, respondendo a 67,6% do total, e totalizando estimadas 2,59 milhões de toneladas produzidas neste ano. Em seguida vem o Pet Serv (serviços), com 16,4%; Pet Care (equipamentos, acessórios, produtos de higiene e beleza animal), com 8,2% e Pet Vet (medicamentos veterinários), com 7,8% do faturamento total do mercado.

Mesmo enfrentando turbulências, o Brasil ainda é um dos principais países do mercado pet mundial situando-se em terceiro lugar, e representando 5,3% de um total de US$ 102,2 bilhões até setembro. O mercado global de produtos pet deve crescer 1,8% neste ano chegando a US$ 104, 1 bilhões. Os Estados Unidos continuam a liderar a lista, com 42% do faturamento total, seguidos por Reino Unido (6,7%), Brasil, Alemanha (5,1%), França e Japão (ambos 4,6%), Itália (3,1%), Austrália (2,6%), Canadá (2,5%) e Rússia (2,1%).

O Brasil possui mais de 132 milhões de animais estimação, de acordo com o IBGE. Calcula-se que os lares brasileiros possuam mais de 52 milhões de cães, 38 milhões de aves, 22 milhões de felinos e 18 milhões de peixes, entre outros animais.

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