Informações Gerais do setor

O Brasil é o terceiro maior país do mundo quando o assunto é a população pet. São, atualmente, quase 160 milhões de animais de estimação no país, de acordo com dados de 2022. Os cães lideram o ranking, com 60 milhões de indivíduos. As aves vêm em segundo, com 40 milhões. Os gatos figuram em terceiro lugar, com 30 milhões. Completam o quadro, ainda, os peixes ornamentais, cerca de 20  milhões, e os pequenos répteis e pequenos mamíferos (2,5 milhões).

Faturamento

O mercado pet brasileiro faturou R$ 68,7 bilhões em 2023, aumento de 14% em relação a 2022 e recorde do segmento.

De janeiro a dezembro de 2023, o segmento de Alimentos para Animais de Estimação (o Pet Food), chegou a R$ 38,1 bilhões (55,5% do total).

Este é o maior segmento do setor pet e seu faturamento corresponde a mais metade de todo o setor. No entanto, entre 2022 e 2023, o percentual de crescimento do Pet Food (13,1%) ficou atrás do Pet Vet e do Pet Care, ambos com 18%.

Vale saber:

-Pet Vet é o segmento que engloba os serviços e produtos veterinários.

-Pet Care envolve produtos e serviços de higiene, beleza, equipamentos e utilidades para os animais de estimação.

Atualmente, de acordo com dados da Abinpet e do IBGE, há estatisticamente 1,6 animal de estimação por residência no Brasil.

Ou seja, não é exagero dizer que eles são parte das famílias. São integrantes dos nossos lares, e requerem produtos de qualidade, desde o alimento até os medicamentos, passando por produtos de higiene e acessórios de bem-estar, passeios, entre outros.

No entanto, o alimento completo industrializado, por exemplo, é considerado um produto supérfluo – mesma categoria das bebidas alcoólicas e cigarros no Brasil.

Entendemos que, para aqueles que têm animais em casa – e somos muitos, como os números provam – é essencial que essa relação, repleta de carinho e amor incondicional – também seja contemplada por um carga fiscal mais justa. A média mundial de tributos do pet food é de cerca de 18%. No Brasil, ela fica na casa dos 50%.

Esta fatia existe no mercado pet, mas representa menos de 1% do faturamento do setor. O consumo do mercado pet está concentrado na classe média, que prioriza banho e tosa, alimentação e vacinação dos pets, não acessórios de luxo.

Como entidade representativa do setor de produtos para animais de estimação, a Abinpet discute e analisa, constantemente, diversas normas para assegurar a qualidade da produção e do manejo de alimentos para os pets. Por meio de apoio a grupos de pesquisa, tanto de universidades quanto os formados pela própria entidade. Sabe-se que o alimento industrializado, por atender às normas e regulamentações específicas de órgãos governamentais e agências regulatórias, é o único que seguramente tem a quantidade ideal de nutrientes diários para o pet.

A indústria brasileira de alimentos para pets está em constante atualização.

As principais empresas do segmento adotam o Manual Pet Food Brasil como guia de boas práticas. A publicação, elaborada por acadêmicos da área, é uma realização da Abinpet. O Manual contém informações sobre os padrões técnicos e de qualidade de matérias-primas, parâmetros nutricionais, metodologias analíticas aplicáveis e condições ideais de produção para garantir alimentos seguros aos mercados nacionais e internacionais.

Alimento natural: derivado de ingredientes vegetais, animais ou minerais no seu estado natural, ou que tenha sido objeto de transformação física, tratamento térmico, processamento, purificação, extração, hidrólise, enzimólise, fermentação, mas que não tenham em sua composição elementos sintetizados quimicamente, exceto em quantidades inevitáveis pelas boas práticas de fabricação (definição AAFCO, 2014). Sobre a alimentação natural, a Abinpet reconhece que há benefícios. O principal deles é a alta biodisponibilidade, ou seja, uma maior quantidade de nutrientes pode ser absorvida e utilizada pelo organismo do animal. Por conta dessa maior absorção, o volume das fezes é reduzido. No entanto, há de se considerar o estilo de vida das pessoas. Atualmente, a alimentação precisa ser prática, pois poucos donos realmente dispõem do tempo e da atenção que a dieta natural exige.

Para que a dieta natural funcione, o dono do animal precisa estudar muito e seguir à risca as instruções do médico veterinário, sem substituir ingredientes. Este, por sua vez, precisa ser um especialista no tema.

 

Alimento industrializado: é todo alimento que sofreu qualquer tipo de processamento em ambiente industrial e que atende a todas as regulamentações específicas do setor. No caso do segmento Pet Food, enquadram-se nas categorias alimentos completos, alimentos coadjuvantes ou alimentos específicos (Art. 3º – IN nº30/ 2009).

 

Alimento completo: produto com características específicas ou funcionais, composto por ingredientes ou matérias-primas e aditivos, é destinado exclusivamente à alimentação de animais de companhia, capaz de atender integralmente às suas exigências nutricionais.

 

Alimento coadjuvante: composto por ingredientes, matérias-primas ou aditivos e destinado exclusivamente à alimentação de animais de companhia com distúrbios fisiológicos ou metabólicos, capaz de atender integralmente suas exigências nutricionais específicas, cuja formulação é incondicionalmente privada de qualquer agente farmacológico ativo (IN39/2014).

 

Alimento específico: produto composto por ingredientes, matérias-primas ou aditivos, destinado exclusivamente à alimentação de animais de companhia com finalidade de agrado, prêmio ou recompensa, e que não se caracteriza como alimento completo.

 

Alimento caseiro: preparado fora de ambientes industriais. A Abinpet é contra a alimentação caseira porque, caso não seja corretamente manipulada e contenha um balanço nutricional adequado, prejudica o desenvolvimento mental e físico dos pets e pode causar doenças diversas. A alimentação caseira pode não ser precisamente balanceada para conter os nutrientes essenciais nas quantidades mínimas recomendadas para os animais de estimação.

A decisão de utilizar ingredientes transgênicos varia de acordo com o fabricante. Independentemente da decisão da empresa, a Abinpet acredita que o importante é cumprir as leis vigentes no Brasil.

O alimento transgênico é aquele obtido a partir de variedades geneticamente modificadas. Estes alimentos podem ser utilizados para consumo direto, como insumo ou ingrediente na cadeia de produção de outros alimentos.

No Brasil, o artigo 40 da Lei de Biossegurança (11.105/05) prevê a rotulagem dos transgênicos conforme o decreto nº 4.680/03. Este decreto determina que, todos os alimentos ou ingredientes alimentícios que contenham, ou sejam produzidos a partir de organismos geneticamente modificados (OGM) – acima de 1% da composição final do produto – sejam rotulados. Assim como ocorre com qualquer outro produto, a rotulagem garante ao consumidor o direito à informação e à escolha na hora da compra.

Diversas organizações internacionais como a Organização Mundial da Saúde (OMS), Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO/ONU), a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD) e inúmeros institutos independentes de pesquisa, concluíram que os organismos geneticamente modificados, assim como os ingredientes derivados destes produtos, são extensivamente submetidos a protocolos de avaliação de segurança. Desde que as regras sejam seguidas, não há problema no consumo.

O desenvolvimento do mercado reflete o reconhecimento dos benefícios da interação entre humanos e animais para a saúde de ambos. Os animais de estimação, hoje, são parte da família. A longevidade e o estilo de vida solitário nas grandes cidades fazem dos pets importantes na vida das pessoas. Além disso, os animais de estimação são considerados fundamentais em tratamentos terapêuticos e em políticas de inclusão social.

As mudanças do perfil das famílias brasileiras têm grande impacto nessa relação entre humanos e pets. Houve um aumento de casais que optam por não ter filhos, ou somente um filho, e buscam a companhia de um pet. Como membro da família, o bicho vive cada vez mais dentro de casa, especialmente em apartamentos, por conta da verticalização dos centros urbanos. Isso faz com que os donos aumentem os cuidados com a saúde do animal e invistam mais em alimentação, idas ao veterinário e em creches e profissionais do ramo, como dog walkers.

Antes de adquirir um animal de estimação, o possível dono precisa saber com quais gastos precisará arcar. Pets exigem idas ao veterinário, vacinas, banho, tosa e alimentação adequada, além de carinho e atenção. Nos últimos anos, o mercado percebeu um aumento dos gastos com produtos Premium, devido ao maior número de opções disponíveis com mais valor agregado e diferenciação. A posse responsável faz com que os donos optem por produtos que proporcionem um maior bem-estar para seus pets. Os cuidados com os animais de estimação que vivem dentro de casa, implicam muitas vezes em maiores gastos, pois são necessários produtos que adaptem a vida do pet ao ambiente interno como, por exemplo, tapetes higiênicos.

A entidade britânica Farm Animal Welfare Committee determinou, em 2003, as cinco liberdades do bem-estar animal, reconhecidas internacionalmente: liberdade de sentir fome e sede (liberdade nutricional), ao ter acesso livre à água fresca e limpa, bem como a uma dieta que mantenha sua plena saúde e vigor, liberdade de não passar por desconforto, pois deverá ter acesso a um ambiente adequado, com abrigo e área de repouso confortável, liberdade de não sentir dor, lesão e doença, por meio da prevenção ou do diagnóstico/tratamento imediatos, liberdade de expressar o comportamento normal, por meio de instalações adequadas e espaços suficientes, além da companhia de animais da mesma espécie e liberdade de não ter medo e angústia, ao ter garantido os tratamentos que evitem sofrimento mental.

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