CARTA ABERTA ÀS AUTORIDADES SANITÁRIAS BRASILEIRAS

Excelentíssimos senhores,

A cadeia brasileira de produtos e serviços para animais de estimação entende que medidas extraordinárias devem ser tomadas para impedir que o Coronavírus (Covid-19) se alastre e cause um colapso no sistema de saúde brasileiro, seja na rede pública ou privada. Os fabricantes, pet shops e profissionais liberais do setor estão cientes do problema e tomando todas as providências para contribuir com suas comunidades.

Devemos lembrar que, neste momento, muitas pessoas precisam de apoio psicológico, tornando os animais de estimação ainda mais essenciais na preservação da saúde mental. Alguns membros da sociedade, como idosos e pessoas solteiras, consideram apenas o pet como sua família. O vínculo com o animal é terapêutico, conforme atestam estudos científicos e, neste momento, é fundamental para o ser humano.

Queremos assegurar que os estabelecimentos pet e profissionais liberais do setor estão tomando as medidas sanitárias cabíveis e reforçando processos de higienização já existentes. O Conselho Nacional de Saúde (CNS) aprovou a Recomendação ao Ministério da Saúde para que os consultórios, clínicas, ambulatórios e hospitais veterinários sejam registrados no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) e submetidos, obrigatoriamente, ao licenciamento e fiscalização pelos órgãos de vigilância sanitária. Com isso, esses estabelecimentos passam a ser reconhecidos como serviços de saúde e não devem ser fechados nesse momento. Medidas de prevenção de contaminação estão sendo tomadas com base nos mais rigorosos critérios.

O mercado pet brasileiro é o segundo maior do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, o que atesta o nosso compromisso e profissionalismo. Vale lembrar que a maioria dos estabelecimentos é de pequeno ou médio porte e geram cerca de 2 milhões de empregos em todo o Brasil.

Por conta do cenário exposto, as autoridades devem ter em mente que os pets, como membros essenciais da sociedade, não podem ficar sem acesso a itens básicos de sobrevivência como alimento, medicação, suplementos especiais, tapetes higiênicos, entre outros. As lojas do setor não podem ser fechadas compulsoriamente porque isso impediria o acesso dos donos a bens essenciais, como os dos supermercados, levando ao sofrimento de animais de estimação e possível aumento do abandono.

Certos de sua compreensão, colocamo-nos à disposição dos senhores para adequações e esclarecimentos.

 

Atenciosamente,

 

Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet)

Instituto Pet Brasil (IPB)

Confederação Brasileira de Cinofilia (CBKC)

Associação Nacional de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais (Anclivepa)

Federação Ornitológica do Brasil (FOB)

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