Exportações da indústria pet nacional caem 5% no acumulado deste ano

Dados consolidados da Abinpet entre janeiro e maio mostram que o fraco desempenho do setor, registrado nos últimos anos, continua; empresas do Projeto Pet Brasil, porém, exportaram 13,7% a mais no mesmo período

As exportações de produtos pets no acumulado de janeiro a maio deste ano caíram 5% em relação ao mesmo período do ano passado, refletindo o cenário de desaquecimento do setor. Foram US$ FOB 81,9 milhões exportados em 2017 contra US$ FOB 86,3 milhões nos cinco primeiros meses de 2016. Os dados são da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), e incluem alimentação, produtos de higiene e beleza, medicamentos veterinários e comercialização de animais vivos.

No entanto, os valores relacionados às empresas que participam do Projeto Pet Brasil, iniciativa da Abinpet e da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), cresceram 13,7% no período e fecharam em US$ FOB 23,2 milhões, ante US$ FOB 20,4 milhões de 2016. O projeto setorial Pet Brasil foi desenvolvido para auxiliar e orientar empresas que queiram exportar seus produtos e também divulga no mercado internacional o potencial da indústria brasileira.

O histórico das exportações nos últimos anos é reflexo da crise econômica do país. Em 2016, as exportações somaram US$ FOB 236,3 milhões, o menor valor dos últimos seis anos, 33% mais baixo quando comparado ao ano anterior. Em 2015, foram exportados US$ FOB 351,4 milhões.  Mas em relação às importações de pet food para cães e gatos, por exemplo, o quadro é mais estável nos dois últimos anos. Em 2016, o país importou 1,6% a mais do que em 2015, passando de US$ FOB 6,6 milhões para US$ FOB 6,7.

Apesar da instabilidade econômica atual, o Brasil ainda é um dos principais países do mercado pet mundial situando-se em terceiro lugar, e representando 5,14% de um total de US$ 105,3 bilhões de faturamento em 2016. Os Estados Unidos lideram a lista, com 42,2% do faturamento total, seguidos por Reino Unido (5,8%), Alemanha (5,09%), Japão (4,9%), França (4,7%), Itália (3,2%), Austrália (2,6%), Canadá (2,43%) e Rússia (2,36%). Os dados mundiais são da Euromonitor International.

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