Protetor solar para pets é fundamental. Depois de um banho de mar ou das brincadeiras na areia, é importante lavar o animal em uma ducha de água doce.
Vai levar seu pet para o passeio na praia? Em vários pontos do litoral, a entrada de animais é permitida, porém alguns cuidados básicos e precauções devem ser observados. A Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet) apoia a relação benéfica entre humanos e animais, e a posse responsável dos pets. Por isso, ressalta que, como em qualquer atividade fora de casa, é crucial que seu pet esteja com guia e coleira com medalha de identificação. Mas o passeio no litoral requer outros cuidados. É importante não perder seu animal de vista, e aplicar protetor solar para animais, produto que é encontrado em pet shops. Quem dá as dicas é a médica-veterinária, mestre em comportamento animal e fundadora da Pet Anjo Carolina Rocha.
“Pets com pelo branco, ou com mucosa clara são mais suscetíveis aos raios solares. É importante também aplicar em regiões sem pelo, como focinho, dentro da orelha e barriga. Mesmo dias com pouco sol, mas quentes e com mormaço, inspiram cuidado. Ter sombra e brisa é importante para o resfriamento do corpo do animal. Braquicefálicos [cães de focinho curto e achatado, como boxer, pequinês, buldogues] têm ainda mais dificuldade para a troca de temperatura”, afirma a especialista.
É importante certificar-se também que os pisos de calçadões e a própria areia não estejam quentes demais para os pets, evitando os horários de pico do calor, como os tutores fariam normalmente para evitar ensolação ou queimaduras nas suas próprias peles. “Leve sempre água, que pode ser servida com gelo. Você também pode congelar água misturada a frutas, e servir no potinho, como se fosse uma espécie de sorvete. Piscinas infláveis também são uma boa opção para refrescar o animal sem os riscos da água salgada, como correntezas e regiões fundas demais”, diz.
Uma vez o pet em contato com a água, é importante tomar cuidado com a umidade residual dentro das orelhas – principalmente as de raças com orelhas mais compridas – e a areia que também pode alojar-se no ouvido, proporcionando mais chance de infecções e inflamações. Se o pet de fato entrar na água do mar, o tutor deve permanecer junto a ele, já que mesmo um cão que sabe nadar pode ser levado por uma corrente muito forte de água. “Mas nem todo cão sabe nadar, ainda que todos possam mexer as patas para boiar pois isso é um instinto”, alerta Carolina. “Raças muito pesadas, ou com quadril largo, além dos braquicefálicos, têm mais dificuldade. Para garantir um mínimo de segurança, é recomendável utilizar coletes ou boias para cachorro”. Já o sal presente na água marinha, se esta for ingerida em excesso, pode levar a quadros de diarreia e desidratação. “É importante que o cão tenha água doce disponível para matar a sede, de maneira que ele não procure a água do mar para se saciar”.
Em relação à areia, uma vez presa ao pelo, a melhor maneira de retirá-la é enxaguar o cão em uma ducha de água doce, muitas vezes presente nas praias, e posteriormente, dar um banho completo. Outro cuidado imprescindível é, claro, recolher as fezes do cão, sem jamais abandonar o saquinho pelo caminho, fora da lixeira. “Muitas pessoas não tomam esse cuidado, que é uma lição básica de cidadania. Então a areia pode estar contaminada. Um dos principais riscos é ancilostomose, além da dirofilariose, doença parasitária transmitida por mosquitos. O ideal é que, 30 dias antes da viagem, seja feita uma consulta para aplicação de vacina preventiva”, conclui Carolina.