Medicamentos e análise de comportamento animal podem ajudar a deixar os pets mais tranquilos durante as festas. Para viagens, é importante manter a vacinação em dia.
Com a chegada do fim do ano, muitas famílias começam a pensar no que fazer com os animais de estimação durante as viagens e festas. Afinal de contas, na hora de viajar, nem sempre é possível levar os pets. E durante as festividades, a recepção de convidados e o barulho das reuniões podem ser estressantes para o animal. A Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet) apoia a posse responsável de pets como cães, gatos e outros animais, e indica as melhores medidas para o fim de ano.
No caso de rojões, fogos de artifício e outros barulhos, devemos sempre procurar ajuda de especialistas em comportamento para melhorar a forma como o animal encara esses eventos sonoros. “Normalmente o animal deve ser dessensibilizado aos poucos, transformando esses eventos desagradáveis em agradáveis”, explica o médico-veterinário José Manuel Mouriño, diretor clínico da Pet Place.
Se a situação é de festas e recepções em casa, dependendo da gravidade do estresse causado no animal, é recomendável inclusive o uso de medicamentos calmantes, desde que a medicação seja prescrita por um profissional. Cães muito agitados, por exemplo, podem se machucar. “É necessário entender porque o animal está fazendo isso”, prossegue Mouriño. “Ele se sente ameaçado? Está só chamando a atenção? Está alertando e agredindo os visitantes pois é muito territorialista? Sem essas respostas nenhum tratamento comportamental será adequado e efetivo”.
Outro cuidado é manter o animal longe dos petiscos que podem surgir das sobras de alimentos. Mesmo comidas atóxicas, em exagero, podem desequilibrar o sistema digestório dos bichinhos. Sobre isso, o especialista diz que “nenhum alimento que não seja a dieta do animal deve ser ofertado. Esses petiscos irão desbalancear a dieta, e trazer prejuízos. Algumas das nossas comidas são tóxicas e proibidas, como por exemplo chocolate, uvas, cebola e alho. O cães e gatos são carnívoros, e se não estamos dispostos a dar aves, ratos ou outros animais inteiros, essas proteínas e outros pratos que normalmente preparamos também não trarão nenhum benefício sem orientação veterinária”.
Já para aqueles que pretendem viajar com os animais, não há segredo: os cães devem estar sempre com carteiras de vacinação atualizadas e, se possível, com atestado veterinário de saúde em mãos. A única vacina exigida em território nacional é a antirrábica. “Em dúvida, consulte o veterinário para saber sobre as outras e a necessidade em cada região ou cidade no Brasil. Na hora do transporte, é fundamental usar caixa ou cinto de segurança. Normalmente leva-se o cão em jejum para evitar vômitos”.