Carolina Padovani, Gerente de Comunicação Científica da Royal Canin Brasil, explica quais produtos são indicados para os mais comuns problemas encontrados nos animais.
As necessidades nutricionais de cães e gatos, assim como outros pets, mudam de acordo com as diferentes fases da vida. Por isso, é importante que a alimentação seja adequada e respeite as particularidades relacionadas à idade e condições de saúde de cada animal. A Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet) defende a alimentação e nutrição apropriadas para cada pet, que podem ser obtidas pelo alimento completo industrializado, desenvolvido com base em todas as necessidades nutricionais de cada animal. Carolina Padovani, Gerente de Comunicação Científica da Royal Canin Brasil, explica que os filhotes, por exemplo, necessitam de um alimento energético com alto teor de gordura e proteína, para suportar o crescimento intenso dessa fase. Para animais em fase adulta, é importante oferecer um alto teor de proteínas, porém baixo teor de gordura se comparado ao alimento para filhotes.
Mas como deve ser a alimentação de cães que já alcançam a idade avançada? “Na etapa em que o cão chega a uma idade madura, o envelhecimento do pet já acontece em nível celular. Por isso, é importante que sua alimentação seja rica em antioxidantes, que auxiliam no combate dos sinais do envelhecimento, e que ofereça um teor moderado de fósforo (para boa saúde renal). Quando idoso, momento em que os sinais do envelhecimento são evidentes, como os pelos brancos, cegueira, perda de peso, etc., a alimentação deve oferecer um teor calórico elevado para manutenção do peso, assim como redução do fósforo, preservando a função renal”.
Mas, além dos alimentos balanceados para cada idade, existem também os alimentos coadjuvantes, destinados especialmente para animais com distúrbios fisiológicos ou metabólicos. Esses alimentos, de acordo com Carolina, são privados de agentes farmacologicamente ativos – ou seja, não são “remédios” – mas atuam paralelamente ao tratamento convencial (medicamentoso), uma vez que oferecem os nutrientes recomendados para o animal . Esse tipo de produto fornece quantidades adequadas (reduzidas, moderadas ou aumentadas) de nutrientes essenciais. para o tratamento de cada doença.
Como doenças mais comuns que podem ser amenizadas ou tratadas a partir desse tipo de alimento estão a obesidade, a diabetes mellitus, a doença renal crônica, doenças de pele e doenças do trato urinário inferior. “No caso da diabetes, nos cães a ocorrência mais comum é a diabetes mellitus insulinodependente (tipo 1), na qual o animal apresenta redução ou ausência da produção de insulina. O perfil nutricional de um alimento indicado para cães diabéticos deve apresentar alta proteína, baixo amido, alta fibra e gordura moderada, auxiliando o controle das elevações e quedas repentinas da glicemia ao longo do dia. Já no caso dos gatos, a maioria dos pacientes desenvolve a diabetes mellitus insulinorresistente (tipo 2), semelhante à diabetes observada em humanos, na qual ocorre baixa produção de insulina. Para o sucesso no tratamento dessa diabetes em gatos é fundamental corrigir os hábitos alimentares, combatendo e prevenindo obesidade, e garantindo a consistência no horário e no aporte calórico de cada refeição, entre outros cuidados”. O perfil nutricional de um alimento indicado para gatos diabéticos deve apresentar baixos níveis de carboidrato e alta proteína, resultando em um melhor controle clínico do animal diabético e aumento das taxas de remissão da doença.
A Doença Renal Crônica (DRC) é a doença mais comum que afeta os rins de cães e gatos. Manifesta-se quando os rins apresentam lesões estruturais irreversíveis, que causam declínio progressivo da função e que, por sua vez, acarreta em uma série de alterações metabólicas relacionadas à disfunção neste órgão. O perfil nutricional de alimentos para cães e gatos com DRC deve apresentar teor moderado de proteína, fósforo reduzido e a inclusão de ácidos graxos ômega 3, que favorecem a proteção glomerular.
O processo de inovação da ROYAL CANIN® sempre considera o gato e o cão em primeiro lugar, e se realiza de forma controlada, principalmente, por uma observação contínua e específica das necessidades destes animais como ponto inicial do processo. Nossa cadeia de inovação, hoje com um time de mais de 110 pessoas, acontece em estruturas como o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da ROYAL CANIN®, na França, e em WALTHAM® Research Center, na Inglaterra.
A especialista da Royal Canin ressalta que “o alimento mais recomendado para cães e gatos saudáveis é o específico para a sua raça, uma vez que atende, de forma muito particular, as características e necessidades nutricionais daquela raça.